Orquestra XXI em Atouguia da Baleia

2024-12-19 00:21

A entrada é livre, a oportunidade é única. Os melhores músicos portugueses e a melhor música da família Bach passam por Atouguia da Baleia neste Natal. Esta quinta-feira, às 21h, na Igreja Matriz de São Leonardo, a Orquestra XXI apresenta o seu concerto de Natal de 2024. Dirigida por Dinis Sousa, escolhido pela crítica inglesa como o melhor jovem maestro do ano em Inglaterra, e com solo de flauta de Adriana Ferreira, na Academia Nacional de Santa Cecília, em Roma, uma das mais aclamadas flautistas da atualidade. Música de Johann Sebastian Bach, de Johann Bernhard Bach e de Carl Philipp Emanuel Bach. Verdadeiramente a não perder!

Orquestra XXI
A Orquestra XXI nasceu em 2013, fruto da vontade de reunir o crescente número de músicos portugueses residentes no estrangeiro, para que pudessem partilhar com o seu país de origem as suas experiências, desenvolvimento e trabalho. Desde então, apresentou-se de Norte a Sul de Portugal, com o objetivo de levar concertos a um público o mais diversificado possível, abrangendo tanto os grandes centros urbanos como locais com atividade cultural menos regular, sob a direção do seu maestro fundador, Dinis Sousa.

Com a criação do Coro XXI, em 2016, a programação da orquestra estendeu-se à música coral e coral-sinfónica, reflectindo a versatilidade e virtuosismo dos seus membros, num repertório que inclui obras de Bach, Beethoven ou Brahms, mas também de um conjunto alargado de compositores portugueses. Partilhou o palco com solistas como Alena Baeva, Ana Quintans, Artur Pizarro, Clara-Jumi Kang, James Gilchrist, Jano Lisboa, Maria Włoszczowska, Pavel Gomziakov ou Valeriy Sokolov, e colaborou ainda com o Coro Gulbenkian na apresentação da oratória de Schumann Das Paradies und die Peri, para o encerramento dos Dias da Música em Belém.

Presença assídua em salas prestigiadas como a Casa da Música, a Fundação Calouste Gulbenkian ou o Centro Cultural de Belém, a Orquestra XXI afirma-se como um dos projetos mais destacados da atualidade musical portuguesa, cujo trabalho vem merecendo repetidos elogios da crítica nacional e internacional.

Distinguida com o 1.º prémio no concurso Ideias de Origem Portuguesa da Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a Cotec Portugal, e o Alto Patrocínio da Presidência da República, a Orquestra XXI reuniu já mais de quatro centenas de músicos portugueses radicados no estrangeiro, criando, com isso, uma plataforma que muito tem fortalecido a sua ligação ao país.

Dinis Sousa, direção musical
Dinis Sousa é maestro titular da Royal Northern Sinfonia, com quem se apresentou já duas vezes nos BBC Proms, para além de fundador e diretor artístico da Orquestra XXI, que reúne músicos portugueses residentes no estrangeiro.

Enquanto maestro convidado, dirigiu orquestras como a Philharmonia Orchestra, Royal Concertgebouw Orchestra, Sinfonietta Riga, BBC Philharmonic, Euskadiko Orkestra e Orquestra Gulbenkian, entre outras.

É também maestro associado do Monteverdi Choir and Orchestras, tendo dirigido estes grupos na ópera 'Les Troyens' de Hector Berlioz, com apresentações aclamadas pela crítica nos festivais de Salzburg, Berlim e BBC Proms. Apresentou-se ainda no Carnegie Hall com dois programas centrados na música de Bach e Händel.

Dinis Sousa estudou na Guildhall School of Music and Drama, onde exerceu a fellowship em direcção de orquestra. No dia 10 de Junho de 2015, foi condecorado pelo Presidente da República, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva, com o grau de Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique.

Adriana Ferreira, flauta
Adriana Ferreira é, atualmente, flautista principal da Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecília, em Roma. Ocupou o mesmo lugar na Orquestra Filarmónica de Roterdão e foi também solista na Orquestra Nacional de França.

Em 2010, obteve o 1.º prémio no Concurso Internacional de Flauta Carl Nielsen, na Dinamarca. Em 2013, foi laureada no Japão com o 3.º prémio no Concurso de Kobe, antes de obter, em 2014, o 1.º prémio no Concurso Severino Gazzelloni, em Itália. No mesmo ano, recebeu o 2.º prémio ex-æquo (1.º não atribuído) e o prémio especial Coup de Cœur Breguet no Concurso de Genebra, na Suíça.

Natural de Cabeceiras de Basto, Adriana Ferreira estudou na ARTAVE, na classe de flauta de Joaquina Mota. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, integrou a classe de Sophie Cherrier, no Conservatório Nacional Superior de Paris, onde se diplomou. Estudou ainda com Benoît Fromanger, em Berlim, e é licenciada em Musicologia pela Universidade Paris-Sorbonne. Em 2015, obteve a Medalha de Mérito Público — Grau Ouro — do Município de Cabeceiras de Basto.